Mais uma vez Franca se destacou como uma das melhores cidades do País para se viver. Desta vez, em recente pesquisa de consultoria da Macroplan, a cidade foi considerada a 5ª melhor para morar, entre as 100 cidades mais populosas do país analisadas - todas com mais de 266 mil habitantes. Foram considerados como critérios educação, economia, gestão, saneamento, saúde, segurança e transparência fiscal. Embora representem menos de 2% do número total de cidades no Brasil, os municípios que estão na lista são responsáveis por metade do PIB nacional, 54% dos empregos formais do país e concentram 39% de toda a população brasileira (aproximadamente 80 milhões de habitantes).
A melhor colocação da cidade foi conquistada no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) com o 1º lugar, em que Franca cresceu 34%, quando comparado com o índice de 2005, pulando de 5,3 para 7,1 para cada 100 mil habitantes.
No estudo, que considera dados de 2015, Franca se destaca também nos itens de saneamento básico e atendimento de água, alcançando 100% da população aparecendo, respectivamente, em 6º e 25º lugares. No índice de esgoto tratado, a cidade cresceu 20,9% nos últimos dez anos, passando de 77,1% para 98% da população. No caso da cobertura de coleta de lixo de rede domiciliar, o desempenho da cidade caiu. Enquanto em 2010 100% da cidade era atendida, em 2015 o número caiu para 98,2%.
A cidade também tem a segunda menor taxa de homicídios no Brasil, com apenas 5,3 para cada 100 mil habitantes, perdendo apenas para Blumenau (SC), com 4,2. O resultado tem como base dados do DataSUS e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Os óbitos no trânsito também caíram 27,6% em dez anos, de 26,5% para 19,1% a cada 100 mil habitantes.
Na saúde, Franca ocupa a 11ª posição na taxa de mortalidade infantil, sendo 9,7 a cada 100 mil habitantes.
“Nossa cidade tem se destacado em quesitos importantes como educação, saneamento e, apesar das críticas, mesmo na saúde temos índices melhores que muitas cidades, e isso deve ser considerado. Ter Franca como a quinta melhor cidade para se morar é um atrativo a mais para que as empresas se interessam em trazer seus negócios e se instalar na cidade, favorecendo o desenvolvimento econômico”, disse Flávia Lancha, secretária municipal de Desenvolvimento.
10 Coisas que você não sabe sobre a história da cidade de Franca SP
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1. POUSO DOS BAGRES
Provavelmente, esse foi o primeiro nome de Franca, ainda lá no século XVIII. O Pouso dos Bagres era a região onde os bandeirantes paulistas descansavam durante a jornada pelo “Caminho de Goiás”, em busca de ouro no estado quase vizinho.
2. PAULISTAS, MINEIROS E GOIANOS
No início do sec XIX, após diversos grupos de bandeirantes se instalarem no Pouso dos Bagres, a população dos estados vizinhos foi chegando ao “Belo Sertão do Rio Pardo“, nossa atual região, por incentivo do governador-geral da Capitania de São Paulo, António José da Franca e Horta.
3. FRANCA ERA BEM MAIOR QUE HOJE
A Freguesia de Nossa Senhora da Conceição da Franca foi criada em 3 de dezembro de 1805 e abrangia uma área muito maior do que a atual Franca, indo de Batatais até Ituverava e Guaíra.
4. FRANCA DO IMPERADOR… QUE IMPERADOR?
Ele mesmo, Dom Pedro I. Entre suas mudanças de nome, a então “Vila Franca Del Rey” foi batizada de Franca do Imperador, numa homenagem ao Imperador pela Independência do Brasil.
5. Quase mineiros
Em 1821, o Estado de Minas Gerais tentou anexar Franca, o que não deu muito certo. Devido à resistência para pertencer ao Estado de São Paulo, Franca ganhou até um lema, que está presente em sua bandeira até hoje: “Genti Meae Paulistae Fidelis” (Fiel à Minha Gente Paulista).
Se o calçado de Franca é o que é hoje, devemos muito aos anos 70. Na década, o setor recebeu investimentos, novo maquinário, aumentou a qualidade dos produtos e começou a exportar. O grande marco da época foi o lote de 17 mil pares enviados aos Estados Unidos pelo Samello.
7. O RELÓGIO DO SOL
Cartão postal da cidade, mas pouco notado (ou valorizado) pelos francanos, o Relógio do Sol tem uma grande importância. O exemplar foi criado por Frei Germano de Annecy em1887 e é o único no Brasil. Seu irmão gêmeo está em Annecy, na França, cidade natal do Frei.
8. FRANCA EM NÚMEROS
1° cidade do Brasil em saneamento.5° cidade mais segura do Brasil.5° município mais elevado do estado.9° maior cidade do estado de São Paulo.20° melhor cidade para se viver52° em qualidade de vida74° maior cidade do país.
9. LEPORACE OU AEROPORTO, QUAL É MAIOR?
Na disputa pelo título de maior bairro de Franca, o “Lepô” ainda segue em primeiro. Com suas casas e prédios populares entregues lá nos anos 80, o bairro da zona norte concentra a maior parte da população francana, o que dá aí, mais ou menos, 100 mil pessoas.
10. E QUEM ERA ESSA TAL DE MOGIANA?
Cia. Mogiana de Estradas de Ferro (1887-1971), para sermos mais precisos, foi a linha de trem que trouxe tanto prestígio e crescimento à Franca durante seu período de operação. A Franca da Mogiana ficou conhecida nacionalmente devido ao café daqui que saia para todo canto. A região da Alta Mogiana corresponde à Franca e mais 9 cidades vizinhas, todas conhecidas pela sua história e qualidade do café.
'Terra do calçado', Franca é a cidade do Brasil que mais contratou em 2015
Dados do Caged mostram que foram criadas 5.529 vagas de janeiro a julho.
‘Motivo é o produto’, diz presidente do Sindicato da Indústria de Calçados.
Aquecida pelas exportações da indústria calçadista, Franca (SP) foi a cidade brasileira com maior saldo positivo de contratações no ano. Os dados do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados na sexta-feira (21), mostram que a cidade abriu 5.529 vagas entre janeiro e julho.
O crescimento, contudo, não reflete o balanço dos últimos 12 meses, que mostra um fechamento de 2.282 vagas no município, conhecido como terra do calçado masculino. Apenas em julho, 562 foram encerradas.
Segundo números do Cadastro Geral de Emprego e Desemprego (Caged), o setor responsável pelo maior número de oportunidades desde janeiro em Franca foi a indústria de transformação, acumulando 4.749 novos empregos – uma variação positiva de 14,75%.
Em seguida, apareceram as áreas de serviços, com a criação 972 vagas, e a de agropecuária, com 330. O aumento total representa uma variação positiva de 6,05%.
Entretanto, o cenário de oportunidades não se reflete na análise dos dados de julho, quando 562 vagas foram fechadas, totalizando um saldo negativo de 0,58%. No setor da indústria, 1.908 trabalhadores foram demitidos e 125 postos foram extintos.
Calçados
Motor da economia de Franca, a indústria de calçados também sofreu com o fechamento de 68 vagas em julho. O número, contudo, não é visto com pessimismo pelo presidente do Sindicato da Indústria de Calçados de Franca (Sindifranca), José Carlos Brigagão, já que, no mesmo período de 2014, o saldo negativo era de 330.
Ao mesmo tempo, o saldo de contratações do ano se mostra positivo e 25 mil pessoas estão empregadas no setor, quando a média dos últimos 10 anos é de 24 mil. “O motivo é o tipo de produto. Ele tem alto valor agregado, mas é barato do ponto de vista de aquisição do consumidor”, destacou o presidente.
Segundo Brigagão, mesmo em crise, o mercado interno continua comprando, possibilitando a manutenção da produção, que também começa a ser aquecida pela expansão do mercado internacional e já apresenta superávit de quase 100% em relação ao ano passado.
Um novo acordo com a China também possibilitará o aumento das exportações, que atualmente é dominada pelos Estados Unidos, e, consequentemente, permitirá a abertura de novas vagas.
“É preciso que o governo acorde e descomplique o Brasil. Porque Franca é um exemplo que se descomplicar, a gente pode até dobrar a capacidade produtiva da cidade. Mas precisa descomplicar, principalmente com redução de carga tributária”, ressaltou Brigagão.